Médica suspeita de invadir apartamento e atirar em ex-marido policial vai à júri popular em Jaraguá do Sul
- 16/09/2025
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Tentativa de homicídio aconteceu no dia dos pais de 2024
A mulher teria burlado duas câmaras de segurança do prédio e se escondido dentro de um armário antes de atirar contra o ex em Jaraguá do Sul
O caso da médica Lenise Fernandes Sampaio, que atirou contra o ex-marido, o policial militar Wellington da Silva Cruz, irá a juri popular no dia 9 de outubro. Na época do crime, agosto de 2024, câmeras de segurança flagraram ela arrombando a porta do apartamento onde ele estava, em Jaraguá do Sul, com o filho do casal.
Conforme a investigação da Polícia Civil, ela teria burlado duas câmaras de segurança do prédio, incluindo reconhecimento facial e o uso de uma tag, e se escondeu dentro de um armário antes de atirar contra o ex.
Na ocasição, para a Polícia Militar, a médica, natural do Ceará, afirmou que foi agredida pelo marido e que ele tentou matá-la. Em legítima defesa, ela efetuou os disparos. O episódio ocorreu dentro de um apartamento no bairro Czerniewicz, no dia 11 de agosto de 2024.
Wellington, natural do Mato Grosso do Sul, foi então socorrido pelo Samu e por uma equipe dos Bombeiros Voluntários no local. Em seguida, foi levado para atendimento médico.
Médica usa ferramentas para abrir porta de apartamento
As imagens de segurança capturaram Lenise, por volta das 16h, abrindo a porta do apartamento com o uso de ferramentas, sem deixar sinais de arrombam
Conforme o delegado Caleu Henrique Gomes de Mello, em seu depoimento inicial, ela afirmou que foi ao local preocupada com a segurança do filho, que estava passando o fim de semana com o pai.
“Ela alegou que, no domingo, o filho estava chorando ao telefone, o que a fez acreditar que ele estava em perigo e, por isso, foi até o local”, relatou Mello. No entanto, a versão apresentada diverge das evidências coletadas pela polícia. Segundo o delegado responsável pelo caso, ela se recusou a explicar como conseguiu entrar no imóvel.
“Há um lapso no relato dela. Ela afirma que, do nada, ele a atacou e que precisou lutar pela própria vida, efetuando os disparos para se defender. No entanto, descobrimos que ela conseguiu arrombar a porta sem deixar marcas visíveis”, explicou o delegado.
Policial passava Dia dos Pais com o filho
Ele, que residia em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, estava em Jaraguá do Sul para passar o Dia dos Pais com o filho.
“Eu estava voltando de um passeio com o meu filho. Estávamos no shopping, e, quando cheguei no apartamento que alugamos na cidade, fiquei um tempo no andar de baixo, fazendo tarefas e assistindo TV com ele. Após cerca de uma hora e meia, subi para o banheiro”, disse ele.
Segundo o militar, sua ex-esposa, que estava escondida dentro de um armário no cômodo, saiu de repente e atirou em suas costas.
“Eu entrei em luta corporal com ela, consegui tirar a arma, mas já havia sido alvejado três vezes. Continuei lutando no chão e pedindo socorro. Em certo momento, achei que ia morrer porque um dos tiros atingiu meu peito e pensei que teria uma hemorragia”, relembrou.
O empresário e policial militar Wellington da Silva Cruz afirmou ter passado por três cirurgias e perdido parte da perna após o ocorrido.
“Minha vida mudou radicalmente, mas hoje, graças a Deus, eu voltei a andar sem muleta. Tem os danos psicológicos. E agora me adaptando, porque perdi um pedaço da minha perna”, disse à reportagem do Balanço Geral, da RECORD TV, em julho de 2025.
Ele diz que foi internado por 20 dias, passou mais de 40 dias em cadeira de rodas e quatro meses com muletas. “Fiquei morando com o meu filho na casa da minha irmã. Minha vida mudou radicalmente, mas graças a Deus voltei a andar”, relembrou.
Segundo o delegado, os dois disputavam a guarda e visitação do filho judicialmente. O pai havia conseguido uma ordem judicial para passar o fim de semana do Dia dos Pais com o filho em Jaraguá do Sul, onde alugou o apartamento.
Fonte ND+ https://ndmais.com.br/seguranca/medica-suspeita-de...

