Até o cachorro? Sogra de professora envenenada é suspeita de outras mortes na família
- 16/07/2025
- 0 Comentário(s)
Polícia exuma cadela da família de Elizabete Arrabaça, denunciada pela morte da professora envenenada em Ribeirão Preto
Elizabete Arrabaça e o filho, Luiz Antônio Garnica, foram denunciados pelo Ministério Público em 1º de julho por matar a professora de pilates Larissa Rodrigues em Ribeirão Preto. Além da nora, a idosa é investigada por supostamente envenenar outras duas pessoas e até o cachorro da família.
O corpo da cadela Babi, que morreu em janeiro deste ano, foi exumado na última quinta-feira (10) para averiguar a causa da morte. Caso a hipótese de envenenamento seja confirmada pela perícia, será aberto um novo inquérito contra Elizabete por maus-tratos.
O Ministério Público concluiu que a sogra e o marido mataram a professora envenenada por “questões patrimoniais”. Larissa havia descoberto uma traição de Luiz e pedido o divórcio pouco antes do crime.
A professora envenenada foi encontrada morta dentro de casa em março, aos 37 anos. O laudo toxicológico confirmou a presença do veneno de rato conhecido como “chumbinho”, que teria sido administrado por Elizabete.
As semelhanças com a morte da cunhada, a veterinária Nathália Garnica, chamaram atenção das autoridades. A filha de Elizabete e irmã de Luiz morreu aos 42 anos em fevereiro, pouco mais de um mês antes da cunhada.
O óbito foi inicialmente atribuído a causas naturais, mas a exumação do corpo confirmou o envenenamento por chumbinho. O caso de Nathália é apurado em outro inquérito e ainda não há indiciamento.

“As circunstâncias da morte da Larissa foram semelhantes às da Nathália. Isso levantou uma certa suspeita. Se solicitou o exame toxicológico e foi confirmado que a morte foi em decorrência de envenenamento”, concluiu o delegado Fernando Bravo.
A cunhada da professora envenenada era dona de Babi, cadela exumada neste mês. O namorado de Nathália revelou à Polícia Civil que Elizabete não visitava a filha havia dois meses quando decidiu passar alguns dias na residência do casal.
O companheiro saiu de casa para evitar conflitos com a sogra, até receber a notícia de que Nathália havia infartado. Ele ainda disse que a suspeita se apressou em vender todos os bens da filha.
“Com o laudo, está claro que houve um crime macabro, pelo que a gente tem percebido”, destaca o delegado José Carvalho de Araújo.
‘Serial killer’? Sogra da professora envenenada teria feito terceira vítima em SP
Além da filha e da nora, a Polícia Civil busca outra possível vítima de Elizabete Arrabaça. A testemunha teria sido medicada pela suspeita há sete anos em Pontal, São Paulo. Se confirmado, a sogra da professora envenenada poderia ser considerada uma criminosa em série.
A mulher de 67 anos teria oferecido um chá à potencial vítima, que passou mal. A testemunha precisou ser internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas sobreviveu ao suposto envenenamento.

